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A última década foi marcada pelo
ressurgimento de boas bandas ‘de garagem’ em Espanha, muitas delas lideradas e
constituídas só por homens. As Hinds marcaram a diferença e foram muito
provavelmente o mais bem-sucedido de todos esses projetos. A banda nasceu em
Madrid, no ano de 2011, fruto do encontro entre Carlotta Cosials e Ana García
Perrote, duas jovens cansadas de ficar sentadas enquanto os amigos faziam
música. Pegaram nas guitarras, aprenderam o básico para fazer as primeiras
canções e, pouco tempo depois, lançaram as primeiras demos em modo lo-fi na
plataforma Bandcamp. “Bamboo” e “Trippy” foram essas duas primeiras canções,
lançadas em 2014, e depressa causaram um burburinho junto da imprensa
especializada, recebendo elogios de publicações como a NME e o The Guardian. E
era difícil ficar indiferente a essas canções melódicas e barulhentas, simultaneamente
com um forte carácter adolescente e um certo apelo pop. Entretanto, o grupo passou
a um quarteto com as entradas da baixista Ade Martín e a baterista Amber
Grimbergen. Aquando do lançamento de mais um single, “Barn”, mudaram de nome
para Hinds, depois de terem assinado Deers durante alguns anos. O disco de
estreia, “Leave Me Alone”, foi lançado em janeiro de 2016, pela Lucky Number no
Reino Unido e pela Mom + Pop nos Estados Unidos. Nos meses seguintes deram
concertos por toda a Europa e preparam-se para mais um disco. “I Don’t Run”
contou com a produção de Gordon Raphael (The Strokes, Regina Spektor…) e foi
mais uma boa prova da frescura deste pop saído da garagem, um pouco mais polido
do que no início. O terceiro disco, “The Prettiest Curse”, foi editado em 2020.
Singles como “Riding Solo” e "Good Bad Times" revelam uma banda
continuamente à procura de acrescentar algo de novo à sua música, sem nunca
perder a irreverência e o talento para fazer canções que ficam na nossa cabeça.
A prova vai ser dada no dia 14, no Palco EDP do Super Bock Super Rock.