COPYRIGHT © SUPER BOCK GROUP 2021
Quando a irreverência e o talento se juntam temos o melhor da música
britânica, e essa ideia fica bem evidente assim que colocamos os olhos (ou os
ouvidos) em Declan McKenna, um dos nomes mais interessantes da música feita em
terras de Sua Majestade nos últimos anos. O adolescente de Hertfordshire
começou por colocar as suas primeiras canções na plataforma Bandcamp e não
demorou muito até que recebesse a atenção de milhares de melómanos graças ao
single "Brazil”, um tema politizado, revelador de alguém com talento e
coisas para dizer, dialogando com uma tradição de música de protesto vinda da
Inglaterra (hoje este single conta com mais de 10 milhões de visualizações no
YouTube). Mas a proposta de Declan não se fica pela contestação. Obcecado por
Bowie e com uma atitude que nos faz lembrar de nomes como The Libertines ou
Jamie T., o jovem músico oferece-nos um indie pop luminoso sobre texturas lo-fi,
numa proposta capaz de conquistar melómanos de todo o mundo. Já considerado por
alguns como a voz de uma geração, Declan editou o single “Paracetamol” em
novembro de 2015 e o EP “Stains and Liar” em 2016. “What Do You Think About the
Car?”, o primeiro disco do jovem, viu a luz do dia em 2017 e confirmou as
melhores expectativas em torno da sua música. Três anos depois, em 2020, o
mundo ficaria a conhecer “Zeros”, o seu segundo registo de originais. Segundo o
próprio, este é um passo à frente em relação a tudo o que tinha feito até aqui,
citando influências que vão desde o inevitável Bowie a nomes como Crosby,
Stills, Nash & Young. A vertente interventiva também continua a estar
presente, com canções sobre as alterações climáticas ou críticas ao
capitalismo. "Beautiful Faces", "The Key to Life on Earth",
"Daniel, You’re Still a Child" ou "Be an Astronaut" vão ser
ouvidas no dia 16 de julho no Palco EDP.